Do facto de que a cerâmica ter origem na terra e na pedra, surge a ideia de reproduzir terra e pedra com cerâmica. Estas "pedras" foram fabricadas de forma a poderem flutuar na água, movimentando-se, chocando umas com as outras e produzindo ruído. A obra tenta mudar o entendimento das pessoas em relação à pedra: "dar voz" às pedras na colisão entre elas. Seja a colisão literal entre as pedras, num vale tranquilo, ou uma colisão metafórica. Espero mostrar algumas respostas invisíveis através desta obra. Para o espectador, seja uma criança, um adolescente, um adulto que nunca se interessou por arte, ou mesmo um velho que em toda a sua vida nunca saiu da sua aldeia nas montanhas, o mundo natural que foi sempre considerado imutável, é quebrado neste momento. A todos esta obra procura tocar. Esta pedra indiferenciada é universal. Foi observada por todos, independentemente da sua identidade ou região que habita. Essa também é a experiência de vida universal que desejo explorar.
Cortesia da artista