Quando em 2002 voltei à Argélia para visitar os meus pais – uma vez que se tinham mudado para a Argélia na altura – trouxe estas imagens da casa da minha mãe, “La maison de ma mère” (A Casa da Minha Mãe). Durante muitos anos, nós – os filhos de imigrantes – não conseguimos voltar às casas dos nossos pais, e por isso eles transmitiam-nos as notícias do país. Mas descobri que estávamos ambos presos em espaços e tempos distintos. As nossas experiências eram diferentes, parciais e frequentemente curtas e mal interpretadas. Para mim, voltar à Argélia significava vivê-la directamente e explorara a paisagem, tanto como visitar a família. A partir desta nova experiência, criei o trabalho sobre o regresso. Muitas das minhas peças surgiram por acaso ou coincidência. Elas materializaram-se a partir de uma experiência vivida, uma história que ouvi, e um local que visitei…
Cortesia da artista e de Kamel Mennour