Nos seus filmes, Emilija Škarnulytė investiga o que diferencia um documentário de um trabalho de ficção. A cineasta trabalha principalmente com o tempo profundo, do cosmos e da geologia, a ecologia e a política: a sentir todos os tipos de escalas não-humanas e pós-humanas, nas profundezas do espaço e do tempo.

“t1⁄2” continua o tema da mitologia pós-humana e da meditação visual fictícia sobre a ciência contemporânea desde a perspectiva arqueológica futura. “t1⁄2” também se denomina “meia-vida”, um termo normalmente utilizado na física nuclear para descrever o enfraquecimento radioativo. “t1⁄2”, indicado como uma instalação de vídeo de grande escala que consiste na arquitetura imaginada pela artista através do sensoriamento remoto em digitalizações 3D e do teto espelhado, o percurso de uma paisagem geográfica épica.

Škarnulytė, ao representar uma sereia, une o passado e o presente ao explorar a memória dos Cemitérios Etruscos, da Central Nuclear na Lituânia (gémea de Chernobyl AES), do Observatório de Neutrinos de Super-Kamiokande no Japão, a Antimatter Factory (Fábrica de Antimatéria), o Grande Acelerador de Hadrões no CERN, o radar Duga e a base de submarinos da Guerra Fria localizada acima do Círculo Polar Ártico. “t1⁄2” encontra reúne tudo o que é maior do que nós e maior do que a vida – uma catástrofe climática iminente, um fenómeno natural, construções ideológicas, estruturas científicas massivas, processos geopolíticos recentes e o que conhecemos como conhecimento humano. Tudo o que deixou máculas na Terra.

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