Obras

PASTEL DE NASA (2021)
Meios mistos
Dimensão variável

Descrição da obra:

"O espaço da nossa vida não é contínuo, nem infinito, nem homogéneo, nem isotrópico. Mas será que sabemos exatamente onde ele se parte, onde se dobra, onde se desliga e onde se reúne? Sentimos, confusos, fendas, hiatos e pontos de fricção e, por vezes, temos a vaga impressão de que ele fica preso algures, ou que rebenta, ou que se choca. Raramente procuramos saber mais e na maioria das vezes deslocamo-nos de um lugar para outro, de um espaço para outro sem pensarmos em medir, em assumir o controlo, em ter em conta estas fendas. O problema não é inventar o espaço, muito menos reinventá-lo, mas questioná-lo, ou, mais simplesmente, lê-lo; porque aquilo a que chamamos quotidiano não é obviedade, mas opacidade: uma forma de cegueira, uma forma de anestesia".  Espécies do Espaço, George Perec

Conceito: O "Pastel de Nasa" implica as ligações e fronteiras entre culturas. Os dados obtidos da superfície dos pastéis de nata que giram resultam em leituras alternadas das trilhas do disco de ouro na sonda espacial da NASA. O disco de ouro está a bordo da nave espacial lançada para o espaço em 1977, o qual contém a peça musical clássica chinesa Correntes (流水), interpretada por Guan Pinghu (管平湖). As músicas foram escolhidas para retratar a diversidade da vida e da cultura na Terra. Ainda a voar pelo espaço, o disco de ouro é como uma mensagem numa garrafa atirada ao oceano cósmico, destinada a qualquer forma de vida extraterrestre inteligente que a possa encontrar.

Cortesia do artista

local: Centro de Arte Contemporânea de Macau - Oficinas Navais N.º 1
23/07/2021~03/10/2021
Praça do Tap Siac, Edif. do Instituto Cultural, Macau
tel | 28366866
fax | 28366899
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