A instalação de vídeo “Massa” é baseada na substância lendária. Essa substância original, chamada de Æther, serviu de pano de fundo para muitos mitos da criação, antes de encontrar eco nas recentes descobertas da física quântica.

June Balthazard e Pierre Pauze tecem uma história, entre a realidade e a ficção científica, na qual cientistas do laboratório Cern discutem a existência de uma substância original e omnipresente. Num contexto de convulsão ecológica, este tecido do universo surge como o elo que liga o ser humano à natureza.

A narração é posta em diálogo com uma escultura que dá corpo a esta substância misteriosa. Este cenário bio-mimético é uma espécie de Cosmos, de mundo surreal, no qual parecem estar vivos os protagonistas do vídeo.
 

June Balthazard, Pierre Pauze

Desde o encontro no Le Fresnoy em 2018, June Balthazard e Pierre Pauze têm trabalhado juntos regularmente.

June Balthazard faz filmes híbridos, em que confronta o documentário com formas mais distantes da realidade. Nesse sentido, os seus filmes são imbuídos de um realismo mágico. O seu trabalho foi exibido no Museu de Belas-Artes de Taipé, centros de arte como Les Tanneries e La Ferme du Buisson, bem como em festivais internacionais: o Melbourne International Film Festival na Austrália, o Busan International Film Festival na Coreia do Sul, Go Short Festival nos Países Baixos, o RIDM no Canadá e Visions du Réel na Suíça, onde a artista recebeu o Prémio Cenas de Abertura em 2018.

Pierre Pauze desenvolve protocolos de instalação e vídeo próximos da cultura cinematográfica. Ganhou o Prémio Revelação de Arte Digital - Vídeo Arte da ADAGP (2019), o Prémio Agnes B (2016) e o Prémio Artagon (2015). O seu trabalho foi exposto em instituições como o Grande Halle de la Villette, a Fundação Brownstone, o Carreau du Temple e nos Magasins Généraux em Paris, e internacionalmente no Museu Es Baluard em Palma de Mallorca e no K Museum of Contemporary Art em Seul.