Obras

Fracturas (2023)
Instalação especial
Dimensões variáveis

Visão geral do projecto Fracturas:
Em imagens geradas por IA, é muito comum surgirem bugs (erros de programação). O projecto persegue essas fracturas, em imagens geradas por IA, e incorpora esse fenómeno na exploração do tempo.

Série I: "Tempo de segunda mão – Sombras do Tempo"
Esta peça usa o princípio da persistência visual. Um motor de rotação rápida, conectado a um relógio, mantém os ponteiros a girar. Enquanto o sensor do aparelho não é accionado, a luz permanece apagada, e os ponteiros a girar rapidamente, quase imperceptíveis ao olhar humano. Assim que o sensor é accionado, a luz começa a piscar. Quando um visitante se aproxima do relógio, a sua diferente proximidade leva a uma frequência diferente do piscar da luz intermitente, e, por sua vez, a visões variadas dos ponteiros: rotação para a frente, persistência visual, e rotação para trás.

"Tempo de segunda mão - O aumento da entropia"
Esta série trabalha com fotografia por buraco de alfinete. Inspirado na sua própria experiência de guardar no bolso fotos dobradas, que ficam amarrotadas com o passar do tempo, o artista tenta captar fotografias por esta técnica em papel fotográfico amarrotado. Depois de passarem por revelação e fixação, são ampliadas e transformadas em positivos, com rugas que parecem rachaduras no mostrador – como se estivessem à beira do colapso. Essa transição da estabilidade para o caos e desordem é chamada de aumento de entropia, aparentemente revelando a essência da passagem do tempo, ou seja, passando da estabilidade para o caos.

Série II: "Papagaio"
No desenvovimento da IA, costuma usar-se os termos "papagaio" e "corvo" como metáforas para inteligência. Este curta-metragem gira em torno de um papagaio especializado em consertar relógios. A história desenrola-se quando o papagaio se aventura no interior de um relógio. O filme é uma co-criação humana-IA, em que a IA gerou videoclipes de 3 segundos, a partir das instruções por texto do artista, que posteriormente foram compilados e editados num único filme.

Série III: "Fractura"
Esta série baseia-se em retratos gerados por Redes Adversária Generativas (GANs). Os sujeitos são figuras fictícias, e as imagens geradas às vezes possuem bugs (falhas) que se apresentam como rachaduras, parecendo “cicatrizes” nos rostos humanos dos retratos. O artista tenta ampliar essas cicatrizes, ao mesmo tempo que explora possibilidades mais criativas, através de técnicas como fotografia, colagem e instalação.
 


Qi Wenlong
Qi Wenlong foi admitido em 2020, no Departamento de Educação Artística da Academia de Arte da China, no curso de Arte Pública. Agora no terceiro ano dos seus estudos de graduação, Qi recebe treinamento profissional no Estúdio de Educação Estética Social. Qi participou de muitas práticas artísticas baseadas em projectos e apresentações no campus, tentando promover publicamente a estética e a formação do sentido estético através de práticas artísticas. Qi enfatiza a conexão entre os media artísticos e o eu, a sociedade e a natureza – conduzindo pesquisas sociais profundas e contínuas com foco nas formas visuais que coexistem conosco na ecologia natural.
 


local: Museu de Arte da Universidade de Macau
01/09/2023~05/11/2023
Praça do Tap Siac, Edif. do Instituto Cultural, Macau
tel | 28366866
fax | 28366899
email | webmaster@icm.gov.mo