Jean-Michel Othoniel (nascido em 1964 em França) é um artista contemporâneo que vive e trabalha atualmente em Paris. Desde o final dos anos 80 que Jean-Michel Othoniel inventa um mundo que vai do desenho à escultura, da instalação à fotografia, da escrita à performance. Primeiro explorou materiais com qualidades reversíveis, tais como o enxofre e a cera, e desde 1993 que trabalha com vidro. A estética encantadora de Jean-Michel Othoniel envolve a noção de geometria emocional. Recorrendo à repetição de elementos modulares, tais como tijolos ou as suas contas de assinatura, que são o seu motivo mais recorrente, cria esculturas requintadas, semelhantes a jóias, cuja relação com a escala humana varia da intimidade à monumentalidade. A sua predileção por materiais com propriedades reversíveis e frequentemente refletoras, em particular o vidro soprado, que tem sido a marca da sua atividade desde o início dos anos 90, está relacionada com a natureza profundamente equívoca da sua arte. Enquanto a sua dedicação a comissões para um sítio específico em espaços públicos fez com que alguns dos seus trabalhos tivessem uma vertente quase arquitetónica, a sensibilidade holística de Jean-Michel Othoniel pode ser comparada ao feng shui ou à arte de harmonizar as pessoas com o respetivo ambiente, que no seu caso permite aos espetadores habitarem o seu mundo através da reflexão e do movimento. Arquitetos contemporâneos, incluindo Peter Marino e Jean Nouvel, recorrem frequentemente a Othoniel para criar obras de arte para um sítio específico em locais históricos.