Perto, umas poucas árvores ressequidas erguem-se junto ao rio. Ao longe a montanha verdejante desvanece no rasto do pincel.
Não sabemos o que vêem as árvores nem o que esperam.
Os pensamentos fazem ultrapassar os constrangimentos da vida. Fazem atravessar o tempo e o espaço ao encontro dos vestígios do gelo e das sombras da neve marcadas no coração.
Querer ser árvore, que na margem do rio da alma vê desvanecer a prosperidade, o sobressalto apagar-se em silêncio, a água murmurar, as nuvens seguirem o seu curso no céu, os galhos e as folhas agitarem-se ao vento, na sucessão das estações.
Cortesia do artista