Descrição da obra:

Indo ao encontro do tema da Bienal, a "Gastronomia", decidi montar recipientes de comida tradicional num "barco" que carrega o passado de Macau, que era uma aldeia piscatória e ao mesmo tempo o destino da expedição portuguesa. Simultaneamente, é um “barco” que transmite o legado da cultura gastronómica da cidade. A cultura portuguesa tem sido parte integrante de Macau durante séculos, e continua a ser relevante hoje em dia. Dizem que, "a comida é o céu para o povo". Macau é reconhecido pela UNESCO como a "Cidade Criativa da Gastronomia". Aqui cada mordida que se come - seja ela cantonesa ou macaense - é o sabor único do Território.

Estes "barcos" estão distribuídos aleatoriamente no horizonte, reconstruindo um cenário tranquilo do passado com barcos de pesca locais e navios mercantes portugueses nas águas circundantes. Os "barcos" estão cobertos com uma camada de barro, técnica esta que vem dos anos de experiência do artista com o barro. É também uma recordação da sua memória de infância: observava a lama que emergia da maré baixa na costa de Sai Van. Depois de sair da sua terra, percebeu gradualmente que o cheiro do solo húmido que se impregnava no ar era o cheiro único do mar da sua cidade natal. Para o artista, este é o verdadeiro solo nativo, e ele intitulou esta obra Cidade Flutuante.

Cortesia do artista