Outrora aclamada como a “cidade-jardim mais vibrante e bela do Extremo Oriente”, Macau é um jardim exótico que testemunhou a convergência de diferentes culturas desde a Era dos Descobrimentos. "Atrás do Jardim Oriental" toma Macau como ponto de partida para navegar pelas memórias multifacetadas da cidade, marcadas pelo comércio colonial, pela migração botânica e pelas populações diaspóricas, que se desdobram num cenário simultaneamente tangível e espectral. Com arquivos, vídeos, instalações sonoras e ready-mades, esta exposição oferece um espaço para a rearticulação de vozes marginalizadas e vidas esquecidas. Procura destabilizar narrativas grandiosas estereotipadas e permitir uma penetração mútua entre memórias históricas e experiências contemporâneas, buscando assim vitalidade para uma transformação e reinvenção sustentáveis e para reconstruir um espaço aberto à reflexão crítica: que migrações de espécies e jogos de poder ocorrem despercebidos por detrás da imaginação romantizada do “Jardim Oriental”? Numa era repleta de incertezas, como devemos reaprender a “habitar” e como podemos construir um novo quadro para compreender uma geração entrelaçada com trauma e possibilidade?
10:00 – 19:00
Encerrada às Segundas-feiras