Desde a sua abertura ao comércio internacional até os dias de hoje, Macau vem desempenhando um papel histórico como cidade internacional multilíngue e intercultural, integrada e internacionalizada. Nela, coexistem o dialecto cantonês, línguas europeias, idiomas do Sudeste Asiático e o chamado patuá, falar que se formou lentamente com a mescla das gentes que aqui viviam; também os tankas, povo marítimo que migrou para estas paragens, produziram o chamado “falar do povo dos barcos”, e assim por diante. Todas essas formas confluíram em Macau, moldando um “Mar de Línguas”. Desde o retorno à pátria até os dias de hoje, num ambiente aberto sem precedentes, Macau ganhou a forma, lentamente, de uma cidade em que coexistem várias culturas e línguas, conjugadas a uma matriz chinesa. Nesta exposição, tomamos como ponto de partida a peculiaridade “linguística” desta cidade, para discutirmos e investigarmos aspectos como as suas diversas manifestações linguísticas, a tradução literária, as componentes de significante/significado, as relações entre língua coloquial e culta, e assim por diante. Ademais, os artistas envolvidos nesta mostra assumimos os pontos de vista da prática intrínseca e da observação exterior para respondermos ao tema dos curadores (“e o que você veio fazer aqui?”) no plano das línguas de Macau, suas culturas e transformação de seu estilo de vida: Algumas pessoas vieram buscar sustento; outros, um lugar para ficar; ainda há aqueles que simplesmente desejavam experimentar viver numa sociedade intercultural - são esses “Novos Habitantes de Macau”, originalmente forasteiros, que vieram introduzir novas dinâmicas para a continuidade do desenvolvimento diversificado da sociedade pós-retorno à pátria.
12:00 – 18:00
Encerrada às Terças-feiras