Obras

Auréola
Kimchi and Chips (Mimi Son e Elliot Woods) (Coreia do Sul e Reino Unido)
Computação, aço inoxidável, servomotores, espelhos de vidro prateado
1850 x 480 x 810 cm
2018

Os óculos geralmente demonstram controlo, poder e admiração. Na obra Auréola, Kimchi and Chips constroem um espectáculo verdadeiramente fora de controlo, que nos chega em caóticas rajadas de vento e imprevisíveis sistemas meteorológicos.

Como se fossem girassóis, 99 espelhos robóticos movem-se continuamente ao longo do dia para seguir o curso do sol. Os 99 espelhos, dispostos em duas torres de 5 metros de altura e uma pista de 15 metros de comprimento, reflectem feixes de luz solar, alinhados computacionalmente, numa névoa de água para desenhar um círculo brilhante no ar. Dependente inteiramente da presença do sol para a sua realização, esta obra explora as possibilidades e limitações da tecnologia para capturar o que está fora de alcance e para aproveitar a natureza e trazer o sol para a terra. Colaborando com as variações naturais do clima, a “Auréola” apenas aparece nos momentos em que vento, sol, água e tecnologia são coincidentes, criando assim uma forma que existe entre o material e o imaterial.
 


Kimchi and Chips
Esta dupla artística, sediada em Seul, foi fundada em 2009 por Mimi Son e Elliot Woods, e explora a intersecção de arte, ciência e filosofia através das suas ambiciosas instalações em grande escala. A sua prática fundamenta-se no reconhecimento de que arte, ciência e filosofia não são disciplinas distintas, mas sim formas alternativas de mapear o mesmo terreno e que devem ser utilizadas em conjunto.

A sua série “Desenhar no ar” combina ideias da física relativista com a concepção da duração do tempo do budismo para investigar a problemática das imagens na sociedade contemporânea. Os artistas concebem pessoalmente todos os aspectos técnicos do seu trabalho, incluindo código, detalhes electromecânicos e sistemas ópticos, aplicando as suas intenções em todos os níveis do seu trabalho.

A sua abordagem, baseada em pesquisa, granjeou-lhes reconhecimento como pioneiros no campo de imagens volumétricas e projecção 3D avançada. A sua dedicação às práticas de código aberto é evidente nas mais de 200 bibliotecas de código que lançaram online, e que foram adoptadas por outros profissionais e integradas em ferramentas criativas muito divulgadas.

O seu trabalho ganhou vários prémios e foi apresentado no Museu Nacional de Arte Contemporânea (MMCA, Coreia), Centro de Arte e Media ZKM, Somerset House, Ars Electronica, ACC Gwangju, Zeche Zollverein, SxSW e no Festival Resonate, e continua a influenciar a arte e tecnologia contemporâneas.


Curador: Qiu Zhijie

© London News Pictures

 

Horàrio

Novembro: 9:00 - 15:30

Dezembro e Janeiro de 2024: 9:00 - 15:00

local: Praceta das Artes do Centro Cultural de Macau
24/11/2023 - 21/01/2024