No contexto da globalização e da era digital contemporânea, “Génesis em 720 ecrãs_desconhecido_/_” discute as relações entre a consciência humana, a ciência e a tecnologia, essência da identidade própria e virtual. Imitando as passagens de ecrã na nossa vida e a circulação de “passagem de ecrã”, “apagar”, e “acumulação de impressões digitais”, o trabalho é composto por 720 fotos de ecrãs de telemóvel, com impressões digitais, imagens dispersas de sites da internet, imagens da terra, capturas de ecrã, fotografia, molduras e correntes nas mesmas. A composição de fundo é inspirada pelos frescos de Miguel Ângelo das cenas do Livro do Génesis (1508 – 1512) na Capela Sistina. De uma perspectiva micro, tento interpretar a inquietude da vida numa era de globalização. Considero-me um processador da mensagem que compreende e apresenta, com o processamento dos dados recolhidos sendo o elemento principal do trabalho artístico, como abordamos e confrontamos potenciais ameaças do mundo exterior e, simultaneamente, respondemos à questão, que é, como poderemos responder ao enorme mundo de mensagens que se expande como um buraco negro juntamente com as mudanças e misturas de variados novos modos?