Os primeiros estudiosos do Cristianismo acreditavam que havia um Jardim do Éden no outro lado da Terra, para além do oceano. No século XIV, o Atlas Catalão adicionou a paisagem da China, incluindo Cambaluc (hoje Pequim, a capital da dinastia Yuan), Hangzhou, Citong (hoje Quanzhou) e Guangzhou, ao mapa-mundo pela primeira vez. Um século mais tarde, entramos na Era da Exploração e na busca dos Portugueses pela exploração do mundo com o auxílio do mapa de navegação, e a paisagem global alterou-se. Mais tarde, Matteo Ricci, um missionário italiano enviado para Macau, trouxe o mapa-mundo para a China.
O mapa indicava significados a vários níveis, sendo um dos importantes o registo do processo de exploração do mundo pelas civilizações humanas sob a forma de imagens, que foram testemunhos da globalização e integração das civilizações. Usando os mapas antigos como meio, este trabalho retrata o mundo em diferentes épocas e espaços através imitando os processos de criação de mapas delicados e pinturas religiosas na Era da Exploração. Uma vez que as imagens díspares são criadas com base na realidade, sendo também surrealistas, tornando-as ridículas e irreais, o trabalho torna-se experimental que amplia e mesmo subverte a função dos mapas.