A exposição de arte pública “Ondas e Caminhos”, no âmbito da Bienal Internacional de Arte de Macau 2025, incorpora a arte no tecido urbano e na vida quotidiana, convidando os espectadores a reimaginar as possibilidades dos espaços públicos através da circulação e da paragem, explorando os elos sociais fluidos, negociados e reconstruídos. O tema da exposição “Ondas e Caminhos” não só descreve trajectórias físicas de movimento, como também traça a topografia cultural das marés emocionais e das viagens espirituais, as quais, como ondas que avançam e caminhos que se interligam, são cíclicas e perpétuas, simbolizando a relação simbiótica constantemente entrelaçada entre a arte pública, o público e as comunidades. Esta exposição vê a arte pública como um campo fluido, dedicado a criar uma imaginação comunitária repleta de intimidade e participação, explorando formas de potenciar a empatia e a compreensão através da arte na nossa sociedade moderna em rápida transformação, bem como formas de encontrar um sentido de pertença e um sentido para a vida no vaivém das ligações humanas. Aqui, cada onda representa uma oportunidade de encontro e cada caminho sugere a continuação das emoções. Cada onda, cada intersecção, cada interacção torna-se uma prática microscópica de reconstrução da imaginação social. Através de instalações interactivas, projectos comunitários e experiências multissensoriais, as obras de arte tornam-se pontes de ligação entre as pessoas e entre as pessoas e a cidade, despertando a ressonância e o diálogo da vida, remodelando as conotações e os limites do espaço público. No contexto temático “Olá, o que fazes aqui?” da Bienal Internacional de Arte de Macau, “Ondas e Caminhos” convida todos os espectadores a quebrarem as barreiras tradicionais das exposições e a juntarem-se a este espaço artístico fluido como testemunhas, participantes e co-criadores da vida social e da cultura urbana, tecendo colectivamente a textura emocional da Cidade.
Curadoria Feng Boyi, Liu Gang, Wu Wei