Até certo ponto, guardar ossos de animais depois de comer é a sua emulação inconsciente do comportamento primitivo. Também serve como uma conexão espiritual com os seus antepassados. A autora espalha os ossos aleatoriamente, deixando-os cair no solo húmido e macio, e então grava visualmente a sua disposição aleatória. Os padrões que se formam acidentalmente podem ser de alguma forma preditivos, transmitindo uma mensagem oculta: o homem e todas as criaturas do mundo aparentemente não podem escapar à inevitabilidade do destino. Podemos encontrar no solo vestígios de tudo o que um dia existiu. Parece ser a melhor colecção, a melhor amostra estatística, pois eventualmente tudo voltará ao pó.
Xiong Xiaotong Nascida em 2000 em Wuhan, província de Hubei, e criada na sua planície rural de Jianghan, Xiong Xiaotong concluiu o programa de Bacharelado em Artes Visuais da Faculdade de Artes e Design da Universidade Politécnica de Macau em 2023, com especialização em gravura. Foi premiada com a Bolsa de Alunos Excelentes em 2019/2022. Interessa-se profundamente por temas relacionados com a vida, história e natureza e gosta de reflectir sobre a posição do ser humano na sociedade contemporânea através da reprodução de memórias pessoais.