Obras

Lao Jun
Guo Fengyi (China)
Tinta colorida sobre papel de arroz
291 x 69.3 cm
2007

Guo Fengyi articulou uma jornada particular de significado espiritual e metafísico pertencente a uma geração mais velha cujo abraço da cultura popular chinesa transmite um conhecimento único da história, mito e mistério. Os seus trabalhos em papel são compostos de pinceladas finamente controladas que se misturam e se entrelaçam numa composição de imagens lustrosas, sugerindo figuras humanas e seres de outro mundo.

Os temas das suas obras, bem como os conceitos e estruturas físicas que a artista usa, provêm de sistemas de pensamento tradicionais chineses: cosmologia, mapas de energia de acupunctura, adivinhação, reis sábios, geomancia e túmulos dinásticos — os quais se tornaram descartáveis numa China em modernização. Através das suas obras, Guo actua como um ponto de convergência do pensamento tradicional e do contemporâneo, preservando memórias culturais bem escondidas na sociedade chinesa. Através do acto físico de desenhar, a autora atribuiu aos eventos do mundo de hoje um significado profundo, tanto como um acto de criatividade quanto como um acto do quotidiano.
 


Guo Fengyi

Guo Fengyi (1942–2010, Xi’an, China) foi uma artista autodidacta. Começou a praticar Qigong (uma prática tradicional chinesa de manutenção da saúde que cultiva a energia qi dentro do corpo) como forma de aliviar doenças. Acompanhando o seu estudo cada vez mais profundo das filosofias do misticismo, começou a ter visões poderosas que se sentia compelida a reproduzir através do desenho, como forma de ajustar o equilíbrio entre o seu corpo e o seu mundo espiritual.

A primeira incursão de Guo no mundo da arte contemporânea foi a sua participação em Long March: A Walking Visual Display, em 2002. Dentre as suas exposições individuais destacam-se: Guo Fengyi: Cosmics Meridians, Long March Space, Pequim (2023); To See from a Distance, SCAD Museum of Art, Savannah, e Drawing Center, Nova Iorque, EUA (2020); This Too is Guo Fengyi, KWM artcenter, Pequim (2020). Participou em importantes bienais e trienais como a 2.ª Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Praga (2005), a 2.ª Trienal Internacional de Yokohama (2005), a 55.ª Bienal de Veneza (2013), a 56.ª Carnegie Internacional (2013), a 7.ª Bienal de Arte Asiática (2019) e a 13.ª Bienal de Xangai (2021).
 


Cedida pelo Long March Space, Pequim

local: Museu de Arte de Macau
28/07/2023 - 29/10/2023