Sob o tema “Avanços e recuos da globalização”, a exposição principal está dividida em três partes: “O Sonho de Mazu”, “Labirinto da Memória de Matteo Ricci”,  e o“Avanços e Recuos da Globalização”. Mais de 40 artistas do Interior da China e estrangeiros provenientes de cerca de 20 países e regiões foram convidados a participar nas três sessões da exposição sobre a globalização e o indivíduo, a vida quotidiana e os sonhos, longe e perto, a segurança e a felicidade. Mais de 100 conjuntos de obras de arte serão exibidos. Macau foi um importante porto de trânsito da porcelana azul e branca da China e um cenário essencial na primeira onda da globalização, pois serão exibidos na exposição cinco importantes conjuntos de porcelana exportados para o exterior do Museu de Macau e do Museu de Arte de Macau.

O Sonho de Mazu

Nos primórdios da globalização, durante a Dinastia Ming, a porcelana chinesa era exportada através de Macau para o Japão, Sudeste Asiático e Europa. A civilização chinesa espalhou-se assim pelo mundo através da porcelana e de outros produtos, disseminando “O Sonho de Mazu”. Esta exposição reúne a porcelana de exportação das Dinastias Ming e Qing, trabalhos contemporâneos em azulejo de artistas de Portugal, bem como obras em porcelana azul-e-branca de artistas chineses e do Médio Oriente, numa interpretação actual do espírito do desenho a tinta da China como a essência abraçada neste sonho.

Labirinto da Memória de Matteo Ricci

O missionário jesuíta Matteo Ricci chegou a Macau de onde partiu para o Interior da China para espalhar a fé católica. Nesta viagem, trouxe à China o conhecimento técnico e a cultura da Europa da época. Na China deixou o “Palácio da Memória”, uma técnica mnemónica popular entre os oradores da Roma Antiga. Esta secção descreve o olhar do Ocidente sobre a China, escrito, reescrito e subvertido ao longo de 500 anos.

Avanços e Recuos da Globalização

Devido à pandemia global em 2020, a humanidade tem enfrentado desafios sem precedentes no processo de globalização, que acelerou dramaticamente desde os anos 1980. Parece que o botão “PAUSE” foi apertado de repente no processo de globalização. A globalização é a causa do problema, e será também a solução. Como a globalização é irreversível, os problemas do mundo de hoje só podem ser resolvidos através do modelo de governação global. No entanto, a natureza da “arte”, que é livre de preconceitos ideológicos, estabeleceu o seu valor na governação global. No meio desta pandemia trágica, os artistas de todo o mundo não pararam os seus esforços nem criações, e abriram um novo caminho espiritual para as pessoas do mundo num ambiente pandémico aparentemente desesperado. A parte “Avanços e Recuos da Globalização” é organizar as tradições e memórias dos dois primeiros capítulos.